18 de junho de 2015

Divertida mente

Lançamento: 18⁄ 06⁄ 2015
Dirigido por: Pete Docter
Com Amy Poehler, Bill Hader, Mindy Kaling e outros
Gênero: Animação , Comédia , Família
Nacionalidade: EUA



Não é nenhuma novidade que a Disney iria dominar o mercado cinematográfico esse ano. Após adquirir a Marvel e a Lucas Filmes, a Disney iria lançar esse ano simplesmente Vingadores- A era de Ultron, Homem-Formiga e Star Wars. Além desses sucessos óbvios de bilheteria, ainda tinha guardado na manga o live-action de Cinderela e outro live-action, Tomorrowland. E a Disney ainda consegue surpreender. Divertida mente é a essência de todos os filmes da Pixar. Em todo o seu formato, a Disney consegue respeitar toda a tradição que carregava nos filmes da Pixar.

Curta-metragem antes do filme? Claro. Como sempre, os curtas pré-filme jogam com assuntos adultos fazendo animações rápidas com muito jogo de luzes e musicalidade. Os curtas-metragens sempre foram feitos para que crianças se divertissem com as luzes,  com o humor e com a música, mas que os adultos pudessem se identificar e se apaixonar. Isso é Pixar.

E finalmente, o filme. Divertida mente não precisava ser um grande filme. Só pela divulgação e pelo trabalho gráfico, o filme já atingiria uma bilheteria muito boa. Mas a Disney quis provar por que merece o reconhecimento pelas suas animações. A história é bem simples, bem honesta. Parte de uma premissa básica que sempre tentamos entender: “o que se passa dentro da nossa cabeça?”. Os personagens cativam com o humor e dão o ritmo ideal para a história.

Para um filme infantil, Divertida mente poderia ser até considerado longo demais, com muitas voltas, mas surpreende, visto que há sempre algo novo para mostrar. Novamente, grifo, a animação cabe para a família inteira. Tanto é passível para um adulto se identificar quanto para a criança. Todos riem no final.

Quanto à questão brasileira, um impasse. Novamente, os estúdios dão privilégio a atores sem preparação para dublagem. Ao me deparar com o anúncio, temi pelo elenco feminino. Katiuscia Canoro, Dani Callabresa e Miá Mello já não são referência enquanto atrizes, como dubladoras, eu esperava um desastre completo. No entanto, surpreendi-me. Miá Mello desempenhou um ótimo papel. Conseguiu manter a personagem até o fim, não foi caricata e soube captar a personagem. Dani Callabresa também soube ser discreta. Deixou que a personagem levasse o humor, sem querer escachar numa dublagem forçada. Porém Katiuscia foi a decepção que prometia. Na tentativa de parecer triste, a atriz mais parecia ter um ovo na boca. Sua dicção foi tenebrosa e quase conseguiu tirar todo o encanto da personagem. Se a ideia era que a dublagem fosse uma tristeza, acertou em ponto.

Léo Jaime e Otaviano Costa por outro lado me causaram menos receio quando anunciados. Não achei que Otaviano fosse arruinar a dublagem, e, pelo contrário, foi excelente, provando ser tão bom dublador quanto ator. Já Léo Jaime, eu não o defendia bravamente quando anunciado, mas conseguiu fazer um bom trabalho, tão bom quanto Otaviano e Miá.


Divertida mente é de fato a melhor animação do ano (até o presente momento) vai dar um trabalho imenso para as concorrentes, e acredito que a única animação que pode pensar em disputar com esta seja Minions, mas depois de assistir a esse sucesso da Pixar, voltei a ser criança, e não sei se Minions vai conseguir superar esta obra.


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