Dirigido por: Pierre
Coffin, Kyle Balda
Com Sandra Bullock, Jon
Hamm, Michael Keaton e outros
Gênero: Animação ,
Família
Nacionalidade: EUA
“Meu
malvado favorito, um filme de sucesso com humor e
criatividade. É lógico que o spin-off
de Minions seria bom, correto?” Não. Hollywood parece ainda não entender a
lógica do cinema. O que serve de alívio cômico em um filme geralmente não
sustenta um longa sozinho. Foi assim com Minions, foi assim com Os Pinguins de Madagascar, foi assim com
O Gato de Botas (Shrek). São os
mesmos erros, se repetindo sempre. Uma imagem simples? Basta pensar. Você pode
até gostar de Star Wars, mas qual
seria a graça de um filme do R2-D2?
Você pode então me
perguntar se o filme não é engraçado? E eu lhe respondo: é, mas todas as piadas
do filme podem ser vistas nos teasers e trailers. São todas piadas que teriam
sua graça em um filme do Meu malvado favorito, mas que perdem todo o sentido
quando incluídas em um filme que só o que tem é essas piadas soltas. Minions tenta seguir uma história lógica,
mas não consegue. A grande brincadeira do filme é fazer e desfazer enredos, uma
vez que a maioria dos movimentos que eles fazem, eles desfazem em seguida. É
simples. Um personagem morre, ele volta a vida. Um personagem se perde, ele se
acha. Tudo muito cuidadoso, de forma que não deixa nenhum elemento se instaurar
na trama.
O primeiro filme da
franquia de Meu malvado favorito conseguia
representar um vilão de uma forma decente. Já Minions parece confundir vilania com uma série de outras
características das quais destaco mau-humor, insanidade e birra. Scarlet
Overkill nada mais é do que uma garotinha mimada, não uma vilã poderosa. Não dá
para acreditar que ela seja uma “supervilã”. Com uma personagem tão má
produzida como ela, vê-se que falta consistência no filme e que não foi
possível reproduzir o sucesso da franquia anterior.
Um fato que me chamou
bastante atenção foi o dialeto dos minions. Pela primeira vez, pude perceber
que eles misturam diversos idiomas, das quais podemos ver espanhol, inglês,
italiano, português, francês, alemão e alguns outros que não consegui
identificar. Uma sacada genial, mas que em um filme de criança não consegue
espaço. Nem sempre a expressão corporal dos personagens era suficiente para
identificar o que eles queriam dizer e, muitas vezes, era necessário entender o
dialeto. Ponto fora do filme.
Quanto a versão
brasileira, mais uma vez, vemos o que significa colocar atores (não dubladores)
para dar voz aos personagens. Adriana Esteves até que tentou, e, no início,
quase conseguia dublar, mas depois de um tempo era perceptível que sua
inexperiência a impedia de fazer as inflexões corretas e ela terminava por
seguir sempre na mesma linha, fazendo todas as falas muito iguais e enjoativas.
Já Vladimir Brichta se perdeu completamente. Ao invés de dublar, o ator
preocupou-se em imitar a voz do ator americano, sem saber fazer a distinção
entre a dublagem brasileira e a americana. Isso só prova que Avenida Brasil e Tapas e Beijos não são equivalentes a cursos de dublagem.
Em suma, Minions é um
filme fraco e óbvio, sem nenhuma pretensão de ser bom. Pode até fazer algumas
crianças rirem, mas seria mais eficiente passar todos os trailers, o efeito
seria exatamente o mesmo.
Achei ofensivo.....banana
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