3 de agosto de 2015

Exterminador do Futuro: Gênesis


Lançamento: 02/07/2015

Dirigido por: Alan Taylor
Com Arnold Schwarzenegger, Jason Clarke, Emilia Clarke, Jai Courtney e outros
Gênero: Ficção Científica, Ação
Nacionalidade: EUA



Exterminador do Futuro: Gênesis, o quinto filme de uma bem sucedida franquia que não se cansa de voltar às telonas. Mais uma tentativa de reascender a febre e o sucesso que foram os dois primeiros filmes, e subir no conceito dos fãs a franquia que foi subestimada com o resultado pouco satisfatório dos dois filmes anteriores.

Desta vez, vemos a história de Kyle Reese (interpretado por Jai Courtney), que volta no tempo para impedir uma última tentativa das poderosas máquinas de manter seu controle sobre o mundo, num futuro distópico. Kyle precisa encontrar e proteger Sarah Connor (interpretada por Emilia Clarke), a mãe de John Connor (interpretado por Jason Clarke) o líder da resistência de humanos no futuro, isto antes que o temível Exterminador T-800 (interpretado por Arnold Schwarzenegger) a encontre. Espera... Acho que já vimos isso. Parece algo feito em 1984.

Mas desta vez tem um oponente ainda mais poderoso: o T-1000, feito de metal líquido, capaz de mudar sua forma livremente. Hum... Isso foi feito em 1991. Pode parecer estranho, confuso, falta de criatividade, um reboot, e em alguns momentos é. Este filme, como dito antes, é uma tentativa de trazer de volta a franquia, fazendo de tudo para chamar os fãs da velha guarda de volta ao cinema, inserindo elementos dos dois filmes de mais sucesso. Para isto, uma nova narrativa baseada no início da história deste universo é formulada. Pequenas alterações no curso da história são suficientes para mudar completamente o futuro. Basicamente, viagens no tempo são o tema certeiro para bagunçar com a compreensão de muita gente. 

Neste filme, as alterações na história são graduais. No começo, tudo se encaixa muito bem como nos filmes originais, inclusive a ambientação que foi muito bem produzida. Com o passar dos minutos que vemos a história seguir novos caminhos. Quando Kyle chega ao passado, se encontra com uma forte e militarizada Sarah Connor, treinada por um antigo exterminador enviado para protegê-la quando criança. Além do já mencionado T-1000 o aguardando, adversário que deveria ser enviado do futuro anos à frente.
 
Assim que a nova / velha ameaça (antes mais conhecida como Skynet), responsável por dar vida a este novo rumo da história é revelada, temos alguma explicação satisfatória, porém incompleta, de porquê toda essa loucura.

Outra surpresa, e a mais chocante de todas, foi a presença do tão importante líder da resistência humana do futuro, John Connor, como um dos vilões. Nem máquina, nem home, algo melhor. Assim ele se intitula quando apresenta uma “nova roupagem”. E este é responsável por interessantíssimos efeitos visuais, afora as já tão comuns explosões. Um aspecto que não apresenta nada novo ou incrível, mas não se pode reclamar.

Nenhum papel fornece espaço suficiente para que os atores se sobressaiam, mas Arnold Schwarzenegger parece bem feliz representando mais uma vez um de seus personagens favoritos.

Algo que pode incomodar no filme é a grande preocupação em referenciar demais o que teve de bem sucedido na franquia, sendo repetitivo e ignorar os que não fizeram sucesso. A história do terceiro filme não foi esquecida aparentemente, porém a do quarto aparentemente foi descontinuada. Algo que eles visivelmente pretendiam, já que os primeiros minutos desse filme são os responsáveis por isso. Isso ainda sem mencionar a série de televisão que conta com duas temporadas. Entregar um produto ruim aos clientes e depois só por mais tarde entregar um novo, visualmente mais bonito e com uma proposta mais ambiciosa, para ignorar e fingir que o produto ruim nunca existiu é um grande descaso com o público, os profissionais que o produziram (afinal, nada é de todo ruim), além da demonstração da incapacidade dos produtores de trabalhar com algo mal recebido e transformá-lo em algo bom.

Mas o mais provável motivo para o recebimento mediano deste filme foi sua inexistência de surpresas. Todas suas principais reviravoltas foram apresentadas nos materiais de divulgação, tornando-o um filme previsível. Mas ainda assim, isto não parece ser motivo para que deixem este universo sem prosseguimento, já que muitos momentos, lugares e personagens ainda podem ser melhor explorados. Além da perguntas sem resposta, deixadas neste filme, que apontam para suspeita quase óbvia de uma continuação. E quem sabe, um melhor aproveitamento do material da franquia e uma melhor organização dele na linha do tempo estejam por vir.

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