Lançamento: 07⁄ 01⁄ 2016
Com Raymond Ochoa,
Frances McDormand, Jeffrey Wright e outros
Gênero: Animação ,
Aventura , Comédia
Nacionalidade: EUA
Em uma realidade onde
os dinossauros nunca foram extintos, Arlo e sua família conseguem dominar a
agricultura e a pecuária e levam uma vida civilizada até que, quando Arlo se
perde fora dos limites de sua casa, o dinossauro conhece um pequeno humano que ele
chama de Spot e os dois se tornam melhores amigos.
A Pixar é um estúdio
conhecido por excelentes filmes. Sempre espera-se que o seu próximo filme seja
mais genial do que o anterior e com isso, há sempre uma elevadíssima
expectativa, quando se fala na produtora. Criadora de sucessos como Procurando Nemo, Toy Story, Monstros S.A, Os
incríveis e, o sucesso mais recente, Divertida
Mente (concorrente ao Oscar 2016 de melhor animação e melhor roteiro
original), a Pixar é um estúdio que tem duas grandes preocupações: criar
histórias fantásticas e criativas, que encantem a todos, independentemente da
idade; e criar animações sofisticadas que expressem alto nível de realidade mas
também estejam repletas de subjetividade e de expressão artística.
O
Bom dinossauro não é um filme Pixar. Sua qualidade
está longe de qualquer animação que o estúdio tenha apresentado. Apesar de não
ser um filme de todo ruim, é um filme com um visual muito semelhante ao da Aardman animations e com um roteiro
muito semelhante às animações da Dreamworks.
A história de Arlo é uma adaptação da história contada pela Disney em Irmão Urso com alguns elementos que
remetem a A Era do Gelo. O roteiro é
ridiculamente óbvio e desinteressante, com piadas extremamente infantis e
pouquíssimo comovente.
A ideia de animalizar o
ser-humano pareceu boa no início e, nos primeiros momentos do filme, é bem
explorada. Mas tudo cai por terra quando, numa tentativa excessiva de
animalizar, o ser-humano se torna nada mais nada menos do que um misto de
cachorro com gato. O roteiro se perde em uma história sem sal de um dinossauro
que está tentando “provar o seu valor”. A Disney já conseguiu trazer essa
temática a tona quando fez Irmão Urso,
que é uma história muito mais interessante.
No quesito de animação,
encontramos uma estratégia anti-Pixar. O desenho de Arlo foi justificado pelos
produtores como um dinossauro que não fosse exatamente fiel a um modelo
original para gerar empatia. Até aí, podemos entrar num acordo, foi exatamente
o que o filme apresentou. No entanto, ao invés de um dinossauro pouco realista,
o que podemos ver é um dinossauro completamente flexível que causa a ridícula
impressão de que é capaz de se dobrar por inteiro e caber dentro de uma lata.
Deplorável.
O ponto forte fica ao
encargo da Companhia Barbixas de humor
que nos presenteou com uma dublagem impecável, muito embora, muito curta.
Talvez a Disney e outras produtoras possam vir a utilizar o trio de comediantes
para outras dublagens, pois são muito bons realmente.
Para concluir, as
impressões gerais. O filme não é um completo lixo. É uma boa animação para
crianças de até 7 anos de idade. Devido a falta de profundidade, não dá para
dizer que é um filme para a família e muito menos que seja uma obra prima da
Pixar. O estúdio que concorre ao Oscar por Divertida
Mente ainda irá lançar no meio do ano a animação Procurando Dory, esperamos que se redima.
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