19 de janeiro de 2016

O Bom dinossauro


Lançamento: 07⁄ 01⁄ 2016
Dirigido por: Peter Sohn
Com Raymond Ochoa, Frances McDormand, Jeffrey Wright e outros
Gênero: Animação , Aventura , Comédia
Nacionalidade: EUA




Em uma realidade onde os dinossauros nunca foram extintos, Arlo e sua família conseguem dominar a agricultura e a pecuária e levam uma vida civilizada até que, quando Arlo se perde fora dos limites de sua casa, o dinossauro conhece um pequeno humano que ele chama de Spot e os dois se tornam melhores amigos.

A Pixar é um estúdio conhecido por excelentes filmes. Sempre espera-se que o seu próximo filme seja mais genial do que o anterior e com isso, há sempre uma elevadíssima expectativa, quando se fala na produtora. Criadora de sucessos como Procurando Nemo, Toy Story, Monstros S.A, Os incríveis e, o sucesso mais recente, Divertida Mente (concorrente ao Oscar 2016 de melhor animação e melhor roteiro original), a Pixar é um estúdio que tem duas grandes preocupações: criar histórias fantásticas e criativas, que encantem a todos, independentemente da idade; e criar animações sofisticadas que expressem alto nível de realidade mas também estejam repletas de subjetividade e de expressão artística.

O Bom dinossauro não é um filme Pixar. Sua qualidade está longe de qualquer animação que o estúdio tenha apresentado. Apesar de não ser um filme de todo ruim, é um filme com um visual muito semelhante ao da Aardman animations e com um roteiro muito semelhante às animações da Dreamworks. A história de Arlo é uma adaptação da história contada pela Disney em Irmão Urso com alguns elementos que remetem a A Era do Gelo. O roteiro é ridiculamente óbvio e desinteressante, com piadas extremamente infantis e pouquíssimo comovente.

A ideia de animalizar o ser-humano pareceu boa no início e, nos primeiros momentos do filme, é bem explorada. Mas tudo cai por terra quando, numa tentativa excessiva de animalizar, o ser-humano se torna nada mais nada menos do que um misto de cachorro com gato. O roteiro se perde em uma história sem sal de um dinossauro que está tentando “provar o seu valor”. A Disney já conseguiu trazer essa temática a tona quando fez Irmão Urso, que é uma história muito mais interessante.

No quesito de animação, encontramos uma estratégia anti-Pixar. O desenho de Arlo foi justificado pelos produtores como um dinossauro que não fosse exatamente fiel a um modelo original para gerar empatia. Até aí, podemos entrar num acordo, foi exatamente o que o filme apresentou. No entanto, ao invés de um dinossauro pouco realista, o que podemos ver é um dinossauro completamente flexível que causa a ridícula impressão de que é capaz de se dobrar por inteiro e caber dentro de uma lata. Deplorável.

O ponto forte fica ao encargo da Companhia Barbixas de humor que nos presenteou com uma dublagem impecável, muito embora, muito curta. Talvez a Disney e outras produtoras possam vir a utilizar o trio de comediantes para outras dublagens, pois são muito bons realmente.


Para concluir, as impressões gerais. O filme não é um completo lixo. É uma boa animação para crianças de até 7 anos de idade. Devido a falta de profundidade, não dá para dizer que é um filme para a família e muito menos que seja uma obra prima da Pixar. O estúdio que concorre ao Oscar por Divertida Mente ainda irá lançar no meio do ano a animação Procurando Dory, esperamos que se redima.


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