Lançamento: 07/ 04 ⁄
2016
Dirigido por: Dan Trachtenberg
Gênero: Ficção
científica , Suspense
Nacionalidade: EUA
Após sofrer um acidente
de carro, Michelle (Mary Elizabeth Winstead) acorda em um bunker e descobre que
o mundo exterior se tornou inabitável. Sem saber exatamente o que causou os
danos e qual a extensão do perigo, ela busca sobrevivência, junto com dois
homens: o dono do bunker (John Goodman), que alega ter salvado a vida dela e um
outro sujeito (John Gallager Jr.). O filme é dirigido por Dan Trachtenberg e
tem produção de J.J.Abrams.
O filme marcha entre a
tênue linha entre o suspense e o terror. O primeiro ato deixa muito claro que o
filme pretende criar uma tensão forte em cima do desconhecido e acerta bastante
nesta decisão. Existem muitas sugestões de o que pode ter acontecido com o
mundo exterior, mas, no primeiro momento, não há nada de concreto que diga qual
a verdadeira catástrofe. Esse clima de tensão movimenta muito bem a história
até o final. Dessa forma, a trama se torna bastante assustadora sem precisar de
clichês do terror como sustos frequentes e figuras bizarras.
O elenco enxuto de Rua Cloverfield,10 é um dos pontos mais
positivos. Com poucos personagens para desenvolver a história, existe muito
espaço para trabalhar a dinâmica “familiar” estabelecida pelos sobreviventes do
bunker. São três maneiras diferentes de lidar com o acidente, três
personalidades distintas e que lidam com problemas de antes do apocalipse. A
escolha de elenco também é excelente. Apesar de não serem grandes estrelas de
Hollywood, o elenco principal foi uma escolha muito acertada para a produção.
Logo que o terceiro ato
começa, podemos perceber uma influência mais clássica do terror. Uma atmosfera
de “terror de perseguição” se instaura no melhor estilo Freddy Krueger Moderno. Novamente, o terror não está em criaturas
bizarras ou sustos coreografados, pelo contrário. É aterrorizante porque você
tem completa noção de onde está a figura assombrosa e de quais são os
movimentos que ela pode fazer. Um terror à moda antiga com um acabamento e
roteiro modernos.
O pecado do filme é
querer ir muito além. Ao final da grande cena de perseguição do filme, existe
um quarto ato em anexo ao filme, que tem como “objetivo” explicar tudo o que
não foi sanado sobre o que aconteceu com o mundo exterior. A grande questão é
que o filme se consolida muito bem sem dizer o que aconteceu, e isso por si só
já bastaria. Na tentativa de explicar mais do que deveria, o filme cria um
final completamente desconexo da proposta de todo o filme, que tende muito mais
para a ação do que para o terror ou suspense. Fica este terceiro gênero
descabido no meio da produção. Não fosse isso, seria um filme perfeito, sem
nada para reclamar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário