10 de abril de 2016

Shadowhunters - 1ª Temporada (2016)


Criado em: 2016
Com Katherine McNamara, Dominic Sherwood, Alberto Rosende e outros
País: EUA
Gênero: Drama, Fantasia, Ação
Status: Primeira temporada- Completa (Netflix/ Freeform-ABC)


Do piloto de Shadowhunters até o décimo terceiro (e último) episódio, a série evoluiu bastante e evoluiu em alguns aspectos. O início da saga seguia por uma linha voltada para a ação e a fantasia, o que deixava a trama um pouco perdida, justamente por dever, tecnicamente, nos quesitos visuais. Com o decorrer dos episódios, a história encontrou o seu ritmo, trafegando muito mais pelo lado romântico-afetivo do que pela ação desenfreada. A série precisou desacelerar para se encontrar. Deu certo.

As questões pertinentes à ação são muito simples. Primeiramente, existe um quesito visual. Os cenários e figurino são muito bem acertados. Existe uma preocupação forte com a estética nas roupas e nos locais e contribui para uma identidade forte associada à série. Porém existe uma carência clara no que diz respeito a efeitos gráficos. Como outras séries da ABC (Once Upon a Time, por exemplo), os efeitos de computador são muito fracos e muito falsos. Sempre que um “demônio” aparecia ou que os personagens precisavam recorrer a algum tipo de mágica, via-se claramente um lapso de qualidade no visual computadorizado.


O segundo ponto que pesa contra a ação é uma questão mais roteirizada. A todo tempo, os personagens principais estão em buscas desenfreadas por McGuffins. [Um McGuffin é alguma coisa que os personagens buscam desesperadamente, mas que o público, em geral, não liga.] Essas buscas são tão frequentes que a série leva até o último episódio casos do tipo. Não que isso seja uma coisa ruim, normalmente, mas a série recorre a situações como esta várias vezes e dão uma importância tão grande para as buscas que acaba desviando a atenção de questões mais relevantes.

Apesar de deixar devendo na ação, a parte romântica-afetiva da série é muito bem trabalhada. É um pouco difícil não comparar com Star Wars e⁄ou Crepúsculo em vários momentos, mas existe alguma identidade no que foi produzido. Não há dúvidas de que os melhores momentos da série são os que os personagens trabalham as suas relações interpessoais e seus dilemas sociais.

SPOILERS ADIANTE!



No quadro geral, a série acaba bem no momento em que prometia se agitar mais. Foram poucos episódios desde que Clary e Jace descobriram que são irmãos e ainda não aconteceu nenhum tipo de conversa efetiva sobre o que os personagens pensam dessa revelação. Quanto ao romance entre Magnus e Alec, tão logo eles se acertam, os dois já voltam a criar obstáculos para sua relação. Talvez a série tenha corrido demais para finalizar com “brechas” para uma segunda temporada (já confirmada) e, por isso, deixou algumas questões, que tinham acabado de surgir ou se resolver, em aberto.

O interessante para a vindoura segunda temporada é trabalhar o background do Jace, que, já há muito, dentro da série, vinha demonstrando seguir os passos de Valentine. Há espaço para trabalhar o personagem de uma forma bem diferente e colocar uma carga dramática a mais na série, ao invés de aumentar a ação. 


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