Lançamento: 14⁄ 01⁄
2016
Com Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling e
outros
Nacionalidade: EUA
Autora convidada: Luísa
Cruz
Dirigido por Adam
McKay, A Grande Aposta revela uma
história nunca contada antes de como a crise econômica de 2008 começou. A trama
se desenvolve quando Michael Burry (Christian Bale), um economista dono de um
fundo lucrativo, prevê uma crise no mercado imobiliário, a base da economia
norte americana, e decide apostar contra ele. A partir daí, a notícia se
espalha e Jared Vennett (Ryan Gosling), funcionário do Deutsche Bank, tenta
vender essas apostas chamadas de CDOs para outras empresas afim de lucrar.
Vendo uma oportunidade de expor uma falha gigantesca no sistema, Mark Baum
(Steve Carell) decide colocar seu fundo no meio dessa armação e se filia à
Vennett, sendo a única companhia a apoiar seu projeto.
Paralelamente à isso,
Charlie Geller (John Magaro) e Jamie Shipley (Finn Wittrock), dois iniciantes
da Wall Street, se deparam quase que por acidente com todo esse esquema e
decidem, com a ajuda de Ben Ricket (Brad Pitt), apostar também para que
consigam financiar seu próprio fundo. Tudo isso sem que ninguém de fato
acreditasse que o mercado imobiliário pudesse entrar em crise.
O mais impressionante
sobre esse filme é a maneira com que o diretor conseguiu juntar três nichos
diferentes de personagem, sem nenhuma conexão aparente, e economia (um assunto
o qual não temos contato direto) e colocar isso na tela de maneira simples e
engraçada sem tirar o peso dos fatos que levaram à crise na economia. Vale
também ressaltar o roteiro que torna o andamento do longa bem dinâmico e leve
de se assistir, concorrendo ao Oscar de Melhor
roteiro adaptado.
Esse filme, que já foi
indicado ao SAG de melhor elenco, também entra no Oscar com 5 indicações,
dentre elas a de Melhor filme.
Entretanto a categoria mais provável para sua vitória é a de Melhor ator coadjuvante, onde Christian
Bale só empata com Tom Hardy, O Regresso.
O personagem de Bale possui uma personalidade muito fácil de se tornar uma
caricatura, porém ele conseguiu ser Michael Burry com destreza e sem nenhum
exagero, baseando sua atuação nas sutilezas.
O filme pode ser
indicado para qualquer tipo de público, pois, apesar de abordar um assunto
muito complicado que é a economia, usa de tiradas cômicas e métodos não usuais
para explicar as partes mais cabulosas de Wall Street. Porém, a porção
econômica não é o que interessa aqui, e sim o quão ignorantes e incrédulos os
bancos estavam em relação à uma possível crise. Se você não entende de ações e
números, isso não é um problema porque o que vale no filme é ter uma noção,
mesmo que mínima, do que verdadeiramente acontece no sistema econômico e que
não é passado para a população.
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