Lançamento: 11⁄ 12⁄ 16
Com Ryan Reynolds,
Morena Baccarin, Ed Skrein e outros
Gênero: Ação, Aventura
, Comédia
Nacionalidade: EUA, Canadá
Wade Wilson (Ryan
Reynolds) é um ex-militar que abandonou a carreira para se tornar um criminoso.
Quando um câncer atinge sua vida, ele se vê prestes a perder todos os luxos que
conquistou e, também, o amor de sua noiva. Neste momento, surge uma proposta de
transformá-lo em um herói, algo que poderia salvar a sua vida e curá-lo de sua
doença. Wade aceita os experimentos e se torna o sarcástico Deadpool. O filme,
produzido pela Fox, é o primeiro do gênero de super-heróis no ano de 2016, e
pertence ao universo expandido dos X-men.
Os fãs de quadrinhos
sabem o que a Fox fez aos seus super-heróis e não perdoam de jeito nenhum.
Porém, nenhuma adaptação era mais imperdoável do que o Deadpool que surgiu em X-men origens: Wolverine. Desde então,
não apenas a Fox acumulou o ódio dos fãs, como também o ator Ryan Reynolds que
também tentou viver Hal Jordan, o Lanterna Verde, no filme de 2011. Outro
fracasso. Deadpool tornou-se então, a
redenção. O ultimato de Reynolds e da Fox.
O maior defeito da Fox,
quando adaptou o herói pela primeira vez, foi tentar torná-lo crível. Na época,
personagens com colante eram mal vistos e sempre ridicularizados. Existia uma
dedicação em fazer com que tudo soasse real e possível. O mercenário tagarela
não poderia entrar num colante vermelho, porque ninguém acreditaria neste
personagem. Tentaram fazer uma versão sombria e realista de um personagem que é
universalmente conhecido pelo sarcasmo. Logicamente, a Fox falhou.
Com o passar dos anos,
tudo o que a produtora fez foi escutar ofensas e críticas aos personagens que
tentou adaptar e, com o crescimento do Universo Cinematográfico da Marvel,
ficou claro que estava na hora de tentar outra vez. Os fãs receberam muito bem
um teste de câmera que saiu na internet e a Fox começou a produzir Deadpool. O primeiro grande acerto da
produtora.
Primeiramente, a Fox
entendeu quem é o Deadpool. Trouxe para o cinema um personagem sarcástico,
inconveniente, com muito teor sexual e com o colante vermelho, é claro. A
produtora anotou todas as críticas que recebeu durante anos e, com elas, fez
piadas, insistentemente e o tempo todo. Se eles entenderam as reclamações ou
não, isso não importa. O que importa foi que eles transportaram as piadas que
os fãs faziam para a tela e fez com que Ryan Reynolds as repetisse em alto e
bom som.
Muito sexo? Claro, por
quê não? O filme era arriscado por ter muito sexo e palavrão, mas, considerando
o baixo orçamento, tenho certeza de que Deadpool irá faturar muito dinheiro e garantir
a sua continuação. O filme seguiu todo o clamor popular e acertou em todos os
pontos. Por ter ficado com classificação “18 anos” em maior parte do mundo, é provável
que muitos não possam ver o mercenário tagarela, que já foi banido da China e
Uzbequistão. Mas a boa notícia é que, no Brasil, a classificação é 16 anos.
O filme conta ainda com
excelentes personagens secundários como Colossus, Al Cega e a Megasonic Teenage
Warhead, que, não só contribuem para o desenvolvimento do Deadpool como se
encaixam muito bem na trama, tendo seus próprios momentos de estrelismo. A
trilha sonora também é fantástica.
Para finalizar, ficam
dois perigos do filme. O primeiro, irresponsabilidade paterna. Apesar de ser um
filme de super-heróis, este não é um filme para crianças. Todo o marketing
trabalhou muito bem para deixar isso claro. Então, pais responsáveis, não levem
seus filhos, porque o conteúdo não é para eles. O que acontecerá é que muitos
levarão crianças de sete anos para ver o “moço de vermelho” e vão sair do
cinema condenando o filme. Classificação indicativa não é apenas um número. É
uma lei. CUMPRAM-NA! O segundo perigo que o filme corre é o sucesso. Caso a Fox
fature muito com a produção, pode se que queiram usar o personagem a todo
tempo, e isso claramente não iria funcionar. Lembrem-se do que aconteceu com o
Wolverine!
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