Dirigido por: Lenny
Abrahamson
Gênero: Drama ,
Suspense
Nacionalidade: Canadá ,
Irlanda
Joy (Brie Larson) e
Jack (Jacob Tremblay) vivem em isolamento, dentro de um quarto. Aos dezessete
anos, a mulher foi sequestrada e engravidou do seu sequestrador. Com medo de
que seu filho fosse ter uma vida sofrida, ela lhe contou que o mundo se resumia
àquele quarto e que tudo mais era o Espaço. Finalmente, quando uma chance de
escapar parece inevitável, o pequeno Jack se vê livre em um mundo que não
conhece. Joy passa a ter que explicar tudo para seu filho, que nunca conheceu
nada daquilo. O filme foi indicado a quatro estatuetas do Oscar, incluindo Melhor filme.
O
quarto de Jack é um relato impressionante de um
pequeno garoto que vê o mundo pela primeira vez. O roteiro, baseado no livro
homônimo, é repleto da inocência e imaginação de Jack e toca em questões
psicológicas e sociais muito íntimas. Apesar de ser um drama, a história não
deixa, de certa forma, de ser feliz, pois é o relato de um menino encontrando
tudo pela primeira vez. O roteiro trabalha muito bem a história do pequenino e
de sua mãe, de forma muito tocante. Talvez pudesse ter trabalhado um pouco mais
a relação entre a criança e o avô, que foi, de certa forma, tangenciada, mas
ainda é um grande roteiro, digno da indicação a Melhor roteiro adaptado.
O ponto altíssimo do
filme é a atuação incontestável de Jacob Tremblay. O ator-mirim provou que tem
muita habilidade em atuação e foi incrível em seu papel. O pequeno Jack é o
protagonista do filme e fala com muita ingenuidade e encantamento.
Definitivamente, foi a melhor escalação do elenco e deixa claro que é capaz de
muita coisa no cinema. Infelizmente, não foi indicado ao Oscar, mas é certo que
deixaria muitos atores experientes no chinelo. Jacob chegou a concorrer ao SAG Awards, na categoria de Melhor ator coadjuvante em filme, mas
perdeu o prêmio para Idris Elba. Ainda assim, ficou bastante claro na premiação
que ele estava contente com a indicação. Jacob Tremblaya ganhou o Critics Choice Awards pela categoria Melhor ator-mirim.
O papel de Joy também
foi muito bem desempenhado por Brie Larson. A atriz, indicada ao Oscar de Melhor atriz, conseguiu entregar a
carga emocional que a personagem pedia. Brie interpretou uma mulher que, aos
dezessete anos, perdeu toda a possibilidade de escolher a própria vida e foi
obrigada a mentir para o seu filho para que ele não se decepcionasse com o
mundo em que vivia. A atriz é excelente na parte dramática, mas acaba sendo
ofuscada pelo brilho de Jacob Tremblay. Mesmo assim, uma brilhante atuação.
Brie venceu a categoria Melhor atriz
principal no SAG Awards.
O filme é tocante em
vários aspectos. Ele é divertido e também triste, consegue tratar tudo com a
devida atenção, sem tentar ser engraçadinho demais ou triste demais. Em alguns
momentos, possui uns cortes estranhos, mas nada comprometedor ou bizarro,
apenas questionáveis. O elenco é excelente e muito coeso. Com certeza é uma
grande história e um excelente filme, mas dificilmente leva a categoria Melhor filme. O diretor Lenny
Abrahamson concorre a Melhor diretor,
mas é outro prêmio que dificilmente será levado. Contudo, a indicação é muito
certa e reconhece o esforço e dedicação do diretor para emocionar o público.
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