3 de março de 2016

Deuses do Egito

Lançamento: 25/02/2016
Dirigido por: Alex Proyas
Com: Nikolaj Coster-Waldau, Gerard Butler, Brenton Thwaites, Geoffrey Rush entre outros
Gênero: Fantasia, Aventura, Ação
Nacionalidade: EUA


Chega aos cinemas o novo filme baseado na novela Dez Mandamentos... Bem, não exatamente. O novo capítulo da franquia Fúria de Titãs... Perto, mas ainda não é bem isso. Deuses do Egito se trata de mais um filme americano com a apropriação de cultura exterior e a transformando numa simples jornada do herói e resumindo em uma aventura para toda a família. Além de quando possível descaracterizar o povo e a nação sempre que possível. E não é exagero. Sob qualquer olhar puramente crítico, o filme apresentará muitos problemas, chegando a ser até mesmo criticado por Chadwick Boseman, um dos poucos atores negros presentes no filme, responsável por encarnar o Tot, o Deus da Sabedoria.

O filme conta a história de uma sociedade egípcia governada pelos próprios Deuses tão poderosos e louvados (neste caso não são os faraós, mesmo que fossem considerados Deuses encarnados na mitologia egípcia). Aqui somos capazes de ver o ponto de vista de ambos os lados, das divindades, através de Hórus, o Deus dos céus (interpretado por Nikolaj Coster-Waldau). E do povo mortal, através de Bek, um pacato mas destemido ladrão (interpretado por Brenton Thwaites). Quando Set, o Deus do Deserto, realiza um cruel golpe contra o próprio irmão governante do Egito, a vida dos dois protagonistas vira de cabeça para baixo. É então que os dois veem-se obrigados a se ajudarem para conseguirem o que querem, no caso de Bek, salvar sua amada de uma eternidade no vazio, e no caso de Hórus, tomar de volta o trono de seu pai traído.

Como já dito anteriormente, o filme passa a impressão de que você já viu essa história antes, mas em algum país e com personagens diferentes. Filmes como Imortais, Fúria de Titãs e até mesmo Príncipe da Pérsia podem passar pela sua cabeça ao ver o filme. Infelizmente Deuses do Egito, conseguiu se sair pior do que esses filmes já citados que não foram muito bem aceitos pela crítica. 

Algo realmente desagradável no filme (e muito perceptível) são os efeitos visuais. Eles parecem bem atrasados e não condizem com a tecnologia que já temos atualmente. E filmar o filme quase que inteiramente numa tela verde não é uma desculpa para a falta de realismo. Não só o cenário, mas os próprios atores em certos momentos de ação são visivelmente substituídos por toscos bonecos de computação gráfica. Apesar disso, a forma como todo mundo é trabalhado, as relíquias ligadas aos Deuses e seus respectivos poderes, toda essa "nova mitologia" criada para o filme é bem interessante e de fácil compreensão. Quanto ao desempenho dos autores no meio de tudo isso, talvez a atuação de um ou outro possa vir a incomodar por soar muito caricata, ou algum personagem parecer tomar atitudes extremamente óbvias, mas não é nada que incomode muito.

O filme, apesar de todos os seus defeitos pode ser aproveitado como um entretenimento descompromissado. É longe da perfeição em vários aspectos, mas ainda possui certo charme e apelo para quem gosta de aventura e do modelo universal da jornada do herói (como já citado anteriormente).


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